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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

HEPATOLOGISTAS EXIGEM INCLUSÃO DE MEDICAMENTO NO ROL DO SUS


“Queremos saber: quando o Interferon Free vai chegar ao Brasil? Temos pacientes com pouco tempo de vida que precisam desse medicamento.” A frase, que permaneceu anônima e com tom de cobrança, ecoou pelo salão principal onde era realizado o 18º Hepatologia do Milênio, evento internacional sobre hepatites, e foi direcionada ao infectologista Marcelo Naveira, que subiu ao palco para representar o departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.

A cobrança não foi isolada. Centenas de médicos, que passaram três dias (de 23 a 25 de julho) em Salvador, Bahia, acompanhando aulas de grandes especialistas da hepatologia mundial sobre tratamento e diagnóstico da doença, compartilhavam a preocupação. Não é para menos: o medicamento é considerado por muitos uma revolução no tratamento da hepatite C, uma vez que não é injetável e não contém interferon — proteína animal presente nas células e responsável por defender o organismo de vírus e bactéria.

Embora essa proteína seja importante no tratamento da hepatite viral, o uso contínuo pode causar efeitos colaterais muito desagradáveis, que vão desde calafrios até perda de audição. Já o novo tratamento tem a mesma ação antiviral, mas com tecnologia baseada na inibição da polimerase, que impede a duplicação celular do vírus. Sem contar que a terapia dura três meses, enquanto com as demais drogas pode chegar a um ano.

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