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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

EBOLA


Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebem o nome dos locais onde foram identificados.

A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em macacos, chimpanzés, antílopes e porcos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorra por meio do sangue e de fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes.


Dai em diante, o vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é comprometer o sistema de defesa do organismo.

Sintomas

O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro.

Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações e calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz  e reto. 


SAIBA MAIS: 


Diagnóstico

Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como a gripe, a dengue hemorrágica, a febre tifoide e a malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.

Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve ser isolada e os serviços de saúde notificados.

Tratamento

Não existe tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais.

O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.

Recomendações

Existem procedimentos padronizados para cuidar dos pacientes quando houver diagnóstico firmado de Ebola ou para prevenir a infecção.

Procure não frequentar lugares durante a ocorrência de surtos da doença, o que pode facilitar a exposição ao vírus Ebola;

Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;

Só experimente alimentos exóticos, as carnes, especialmente, de procedência conhecida;

Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;

Use vestimentas de proteção, como macacões de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados;

Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte;

Só considere que um surto de Ebola chegou ao fim depois de 42 dias  em que não foi registrado um novo caso.

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