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quarta-feira, 30 de julho de 2014

MPE apura improbidade em caso de abertura de covas em cidade de MS


O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito para apurar se houve improbidade administrativa por parte do prefeito Márcio Faustino de Queiroz, de Bandeirantes, distante 71 quilômetros de Campo Grande, no caso do sepultamento dos corpos de duas pessoas, no cemitério do município, em maio de 2014.

Chefe de gabinete da administração municipal, Gelson Guimarães disse ao G1 que não houve intimação sobre o inquérito, que as covas foram abertas por funcionário público concursado para a função e que a família das duas pessoas não aceitou o local e pediu para que o coveiro fizesse outras.

Conforme o MPE, a promotoria recebeu abaixo assinado pedindo para que fosse apurado se houve irregularidades no caso. Por conta disso, foi aberto inquérito. O edital foi publicado na edição desta sexta-feira (25) do Diário Oficial do Ministério Público Estadual (MPE).
Consta no edital que o inquérito é para " apurar eventual prática de ato de improbidade
administrativa perpetrada pelo Prefeito Municipal de Bandeirantes Marcio Faustino de Queiroz, quando não providenciou coveiro e as medidas necessárias".

Caso
As duas pessoas foram vítimas de acidente na BR-163, em Jaraguari, no dia 15 de maio.  O irmão de um dos mortos, que não quis ter a identidade revelada, relatou ao G1 que, durante o velório um amigo percebeu que o cemitério estava fechado. Por isso, eles foram ao local e viram que as covas não tinham sido feitas.

Conforme o irmão, um homem apareceu dizendo que era o coveiro e que estava afastado por conta de dores nas costas e que não teria outra pessoa para cavar. Diante disso, a família decidiu abrir as covas.
Na época, por meio da assessoria, a prefeitura de Bandeirantes informou que o coveiro não estava se sentindo bem desde o dia anterior ao sepultamento, mas que já havia uma ordem para que outros dois trabalhadores fossem ao local.

Para a prefeitura, a família estava ansiosa e se precipitou para enterrar as vítimas. A prefeitura afirma ainda que nunca faltou coveiro na cidade e que, sobre esse caso, serão colhidos depoimentos dos familiares.

Fonte: G1