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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Por que a salva de funerais tem 21 tiros?


A origem mais provável data da Idade Média, quando cavaleiros europeus sepultavam militares de alta patente dando três tiros ao alto, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para afastar maus espíritos. 

Os 21 tiros surgiriam depois, ainda no período medieval, quando os rituais de salva fúnebre e de gala (para cumprimentos mili- tares) se unificaram. Ao se aproximar de uma fortificação, tropas de guerra descarregavam canhões e mosquetes, demonstrando vir em paz. 

O procedimento também foi adotado por tripulações de navios, avisando sobre sua chegada em território alheio. Para o historiador Claudio Moreira Bento, uma das possíveis escolhas do número 21 teria se dado porque, na época, sete era a salva máxima de tiros a bordo, que devia ser respondida três vezes pelas fortificações de terra, ou seja, com 21 tiros. Daí em diante, a tradição permaneceu.

Salvas de gala homenageiam governantes e militares. Salvas fúnebres são feitas pela Força Armada
 à qual pertencia 
o falecido.


Por: Mundo Estranho

Origem dos Cemitérios


Aconteceu no mundo inteiro, um fenômeno curioso no final do século XVII. Por medida sanitária os sepultamentos passam a realizar-se em área aberta, nos chamados campos-santos ou cemitérios secularizados.

Isto já não era novidade,  japoneses, chineses, judeus e outros povos já traziam tradicionalizada a inumação a “céu aberto”. Os protestantes também, em muitos países o faziam. A mudança afetou principalmente os povos de predominância católica. No Brasil o enterro fora da igreja era reservado aos não-católicos, protestantes, judeus, muçulmanos, escravos e condenados, até que por lei, inspirada na correlação que se fez entre a transmissão de doenças através dos miasmas concentrados nas naves e criptas das igrejas, se instalaram os campos de sepultamento ensolarados. 

“Esta a morte perfeita, nem lembranças, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso…” Lygia Telles(Venha ver o pôr-do-sol)

Um outro motivo, que embora não diga respeito a realidade brasileira merece ser citado, diz respeito a laicização do Estado e sua separação da Igreja. Um exemplo digno de nota é o caso do Pére Lachaise de Paris, que apesar de receber o nome de um padre católico abriga tanto pessoas de várias religiões quanto não-religiosos, sendo um dos dos primeiros cemitérios laicos e também um dos mais famosos do mundo.

A urbanização acelerada e o crescimento das cidades é também uma importante razão para a criação dos cemitérios coletivos a céu aberto, visto que o crescimento populacional desenfreado não permitia mais o sepultamento em capelas e igrejas, que já não comportavam o aumento da demanda.

Numa primeira impressão o fato parece ter explicação simples,mas quando se atenta para o resultado ocorrido, sobre mais de um século, estudando-se o fantástico derrame de fortunas nas construções tumulárias pomposas, dos abastados de cada cidade, quando se verifica a diferença de comportamento entre a sepultura de igreja e a de construção livre arbitrada pela fantasia do usuário, e também quando se considera a história social e cultural do mesmo período, então se percebem outras razões no fenômeno. Não foi somente uma questão do ponto de vista higiênico, ou seja, uma razão metade prática e metade científica (e também política e social), da sociedade oitocentista.Se esta mudança acontecesse apenas por esse motivo, os cemitérios católicos em descampados teriam permanecido sóbrios e padronizados do mesmo modo que os erigidos por irmandades em mausoléus coletivos, ou como os de outras religiões.

A simplicidade dos padrões tradicionais e primitivos continuou caracterizando a sepultura coletiva enquanto o fausto e a arrogância da tumulária individual se desenvolveu espantosamente.

Portanto a verdadeira razão da grande mudança de atitude e gosto já existia há longos tempos no anseio de monumentalizar-se perante a comunidade. Era e sempre foi o desejo dos mais abastados, distinguir-se através de uma marca perene, de um objeto de consagração- o túmulo- pela atração de compara-se aos grandes personagens da história, sem a menor cerimônia, incluindo nesta leva os soberanos, os faraós, os reis, os papas e os príncipes, que mereceram sepulcros diferenciados dos demais.

Há de fato túmulos monumentais de papas de acordo com a pompa de cada época, contudo sempre integrados à construção da igreja. Há papas que não restaram por virtudes, e sim pela eventualidade do valor artístico, ou monumental de seus túmulos. De qualquer modo, erigia-se a igreja como bem público, integrada ao uso coletivo, e nela se fazia a sepultura do seu doador e benfeitor…

Entretanto em muitas igrejas, originalmente levantadas para serem o jazigo do doador, este descansa sob uma lápide que nem perturba o nível do chão.

A arte tumulária varia com a data, acompanha cada estilo de época, e de região, e jamais sonega o caráter, a espiritualidade do meio em que ocorre. Sob tal prisma, isto é, tomando-se a arte tumulária como representativa desses atributos, podemos entender as estruturas sociais e culturais dos meios, mesmo quando tal se acha restrita a uma parcela da população. Aliás tal restrição relaciona-se diretamente com o tipo de economia da sociedade, estando deste modo a arte cemiterial condicionada a fatores de caráter sociológico, econômico e cultural.

Fonte: Mundo Funerário

Curiosidade: Conheça o Wadi-us-Salaam (Vale da Paz), no Iraque, quiçá o maior cemitério do mundo


O Wadi-us-Salaam é um cemitério islâmica situado na cidade iraquiana de Najaf. Se supõe que seja o maior cemitério do mundo.

Se estima que mais de um meio milhões de cadáveres são interessados nesse cemitério a cada ano.

O cemitério ocupa 6 km² e contém milhões e mais milhões de corpos. O cemitério contém o túmulo de muitos muçulmanos famosos e ele está situado próximo ao santuário do Imam Ali ibn Abi Talib, primeiro Imam xiita e o quarto Califa Sunita. Por tanto, todos os iraquianos desejam ser enterrados nesse cemitério.

Esse cemitério conta inclusive com a presença militar devido a violência que se registra frequentemente em suas ‘ruas’.

Aprovada Norma Técnica que disciplina serviços do setor funerario


Resolução SS Nº 28 DE 25/03/2013 (Estadual – São Paulo)

Data D.O.: 26/03/2013

Aprova Norma Técnica que disciplina os serviços de necrotério, serviço de necropsia, serviço de somatoconservação de cadáveres, velório, cemitério e as atividades de exumação, cremação e transladação, e dá outras providências.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Viúvo briga na Justiça para manter sepultura da mulher no jardim de casa

James Davis tenta manter a sepultura de sua
 esposa no jardim de sua casa. (Foto: Jay Reeves/AP)
O americano James Davis, de 73 anos, está lutando na Justiça pelo direito de manter a sepultura de sua esposa no jardim de sua casa em Stevenson, no estado do Alabama (EUA). 
Davis diz ter cumprido o desejo de Patsy Ruth Davis ao enterrá-la no jardim da casa em 2009.

No entanto as autoridades locais querem que os restos mortais sejam transferidos para outro lugar.

Davis enterrou a mulher no jardim da casa
 em 2009. (Foto: Jay Reeves/AP) 
Um juiz ordenou a retirada da sepultura, mas Davis recorreu da decisão no Tribunal de Apelações do Alabama.

Fonte: G1

Rituais funerários mudam e se adaptam à vida moderna

Uma visita ao túmulo e flores. É assim que boa parte das pessoas presta homenagens no Dia de Finados àqueles que se foram. Mas a maneira de se homenagear e relembrar os falecidos, não só no 2 de Novembro, vem passando por transformações.

Ao longo dos anos, essa prática social vem se adaptando à vida moderna. Hoje em dia, por exemplo, nos Estados Unidos é possível até mesmo realizar "funerais espaciais", no qual empresas cobram pequenas fortunas para jogar cinzas de mortos no espaço.

Isso sem falar no crescimento de empresas que oferecem serviços fúnebres na internet e se encarregam de todo o processo de funeral e sepultamento. O luto, comum no passado, é cada vez menos cultuado - seja no vestuário ou na própria organização da vida familiar. "Era muito difícil ir a um velório e encontrar alguém com alguma roupa que não fosse preta. Usávamos, durante sete dias, uma tarja preta na lapela ou no braço. Hoje não há mais o hábito do recolhimento", diz a aposentada Suely Brito, 89 anos.

Outro costume que vem se perdendo é o de se beber em homenagem ao morto nos velórios, nos quais carpideiras eram contratadas para chorar durante aproximadamente 24 horas, principalmente em cidades do interior.

O antropólogo Cláudio Pereira lembra que, em tempos não muito idos, o velório obedecia ritual respeitoso: o silêncio expressava a dor da perda. "Hoje, contam-se até piadas, fala-se de tudo, menos do morto", brinca Pereira.

Segundo ele, os rituais relacionados com a morte podem variar de acordo com o lugar, a cultura, a religião e a maneira como se percebe a morte, seja nas sociedades ocidentais ou orientais.

"As práticas do velório e do enterro realizadas pelos povos de tradição cristã são semelhantes em vários países. Já em outros, há um modo mais festivo, como no México, onde a celebração é feita com muita festa. Há toda uma maneira alegre e feliz, com muita comida e música, de se celebrar os antepassados", exemplifica Pereira.

Leia o resto da matéria: A Tarde - Uol

Caixão hi-tech toca músicas em looping para playlist pós-morte

Veja mais fotos aqui
Batizado como The CataCombo Sound System, o caixão custa a bagatela R$ 62 mil e foi inventado por Fredrik Hjelmquist, que vive em Estocolmo, na Suécia. “Só porque você está morto, não quer dizer que deve ser privado de poder ouvir as melhores músicas da sua vida. Algumas pessoas acreditam que uma bela melodia pode ir além dos nossos sentidos. Agora você pode esperar nada menos do que o conforto divino e celeste para ouvir seus sons preferidos”, divulga o inventor.

Os parentes ainda podem enviar músicas ao finado querido por meio de um aplicativo, além de contar com um sistema touch screen instalado na lápide no cemitério, onde a playlist pode ser alterada e por onde as baterias são recarregadas – o caixão funciona por uma fonte elétrica e está ligado ao túmulo por uma rede sem fio e também tem conexão à internet 4G!

Conforme explica a reportagem do “Daily Mail”, a música chega ao caixão por meio de alto-falantes e todo um sistema super tecnológico, feito especialmente para se encaixar na urna, que também conta com refrigeração externa para não sobreaquecer o aparelho.

Segundo o inventor do caixão hi-tech, o hi-fi é a maior paixão de sua vida e, por isso, decidiu levar isso ao túmulo. “As pessoas na Suécia são muito solenes com a morte, eu queria dar-lhes algo para rir. Eu sempre tive muito medo da morte e queria aliviar um pouco isso”, explicou.

Fredrik tem 48 anos e disse já ter reservado um caixão musical para si, mas que sua esposa não gosta nadinha de olhar para a mórbida invenção. Ele afirma que já teve o interesse de uma funerária local para comercializar o produto e acredita que vai ser um sucesso. 

Fonte: Uol